Situada na entrada da povoação da Cioga do Campo, em local aprazível e airoso, foi durante séculos a Igreja Paroquial da freguesia, e teve como primitiva invocação S. João Baptista.
Em 1784, por provisão do Bispo D. Francisco de Lemos foi mandada reedificar, sendo na primeira metade do séc. XIX renovada em estilo neoclássico.
A fachada apresenta um portal com entablamento tipo frontão, suportado por cunhais apilastrados. O interior apresenta-se de nave única, altar-mor, dois retábulos colaterais e um arco cruzeiro setecentista, de grande envergadura.
Perante o estado geral de ruína, o templo foi renovado por ação da Comissão da Fábrica da Igreja, na segunda metade do século passado, e que lhe conferiu o aspeto atual. No entanto, estas intervenções, não obstaram a que se perdesse o retábulo principal que ornava a capela-mor, datado dos finais do séc. XVII.
Tendo esta já sofrido a ação do tempo e a sua degradação, bem como havia sido também roubada e espoliada, hoje é possível observar apenas parte do espólio artístico considerável que teve em tempos.
Atualmente, o altar-mor apresenta-se despido de madeiramentos, nele se destacando um Cristo Crucificado, em madeira, do séc. XVIII e um pequeno sacrário, em talha, dos finais do séc. XVII, este último, provavelmente, o que sobreviveu da antiga composição retabular. No colateral direito realça-se a bela imagem de Nossa Senhora da Conceição, em madeira, da 2ª metade do séc. XVIII.
Uma palavra ainda para a pia batismal, obra antiga, da transição entre os sécs. XVI-XVII, do tipo cilíndrica com pé em balaústre.
Durante muito tempo os mortos eram sepultados no interior da Igreja da Cioga do Campo, passando depois a efetuar-se no adro envolvente da mesma, até à inauguração do cemitério em S. João do Campo.
